segunda-feira, 6 de maio de 2013


sábado, 4 de maio de 2013



Muitas vezes os pais ficam ansiosos e inseguros, questionando se a quantidade que seu bebê comeu foi suficiente para garantir seu crescimento. Venho aqui dar um "alívio". Crianças pequenas geralmente sabem o quanto precisam comer!
Devemos lembrar que a capacidade gástrica (ou seja, o tamanho do estômago) deles é bem diferente do nosso e muitas vezes menor do que imaginamos. Principalmente quando a criança é amamentada, ela sabe regular a quantidade necessária de comida, sem faltar nem comer em excesso.
Conforme vamos crescendo, e somos estimulados a comer, nós (infelizmente) vamos perdendo essa capacidade.
É claro que devemos avaliar se a criança realmente está comendo adequadamente, e isso pode ser visto, por exemplo, pela curva de crescimento e peso da criança.

Não gosto de nada muito radical... Assim como nós, as crianças também estão inseridas em uma sociedade e são MUITO estimuladas a comer besteiras. Seja pela televisão, pelos colegas da escolinha, por ver um restaurante "fast-food" na rua ou nas gôndolas dos supermercados e também têm suas vontades.

Acho SIM que devemos ESPERAR o quanto pudermos, até uma certa idade, pelo menos, para APRESENTAR esses alimentos às nossas crianças, mas depois de uma certa idade é praticamente impossível impedir que eles consumam alguns alimentos "não saudáveis", né?
A alimentação é mais do que simplesmente nutrientes. Envolve toda uma questão social, cultural, interfere nos nossos relacionamentos, está envolvida com todos os fatores da nossa vida. Então, proibir também não é a melhor solução.

O melhor é conversar, explicar que esse alimentos não são adequados e combinar para que eles possam comer eventualmente. Pode-se escolher um dia da semana para comer as besteiras, por exemplo.

A dica aqui é NÃO comprar, não TER em casa. Deixe as besteiras para um dia de festa, de saída com os amigos, etc. Quando temos em casa, temos vontade de comer (até nós adultos, confesse). Então, a melhor solução é não deixar a tentação batendo à nossa porta.
Para fazer a papinha do bebê, não use liquidificador nem passe na peneira. Apenas amasse as frutas ou vegetais com um garfo. A consistência deve ser granulada, para estimular a criança a "mastigar". Mesmo que ela não tenha dentinhos ainda, a sua gengiva é durinha o suficiente para amassar pequenos grânulos.
Aos poucos, conforme a criança cresce, a consistência deve ir aumentando, até chegar, por volta de 1 ano, à consistência da alimentação do resto da família.

Bom dia!!!

Apareci hoje no Caderno Infantil (Super!) do Correio Braziliense!

sexta-feira, 3 de maio de 2013


O Danoninho, ou qualquer outro "iogurte" do tipo é, muitas vezes, oferecido para bebês pequenos por suas mães, sem saber que esse não é um tipo de alimento adequado para crianças.
Primeiro, ele contém leite de vaca, que não deve ser dado à crianças menores de 1 ano (e de preferência esperar até os dois até oferecer) em razão do risco de alergia à proteína do leite de vaca.
Depois.... muitos não sabem, mas esse é um alimento CHEIO de açúcar. Isso mesmo, aquele açúcar branco que ADICIONAMOS nos alimentos. E por esse motivo, também, crianças pequenas não devem consumir. No próprio rótulo desse alimento diz que, em UM potinho de 45g, temos 6,5g de carboidratos e desses, 5,21g (80%) é proveniente do AÇÚCAR ADICIONADO (Fonte: Site da Danone). Na primeira infância é o momento para formação dos hábitos alimentares e, se acostumamos os bebês desde pequenos a comer alimentos muito doces, esse hábitos serão levados pela vida, aumentando o risco de obesidade no futuro.
Isso sem contar nos corantes, conservantes e aditivos que esses produtos industrializados costumam conter né?
Então, mamãezinhas de plantão, vamos tomar cuidado com isso também? Para crianças mais velhas, a partir dos dois anos, esse alimento pode até ser consumido, mas DE VEZ EM QUANDO. Considere ele como um "doce" mesmo, afinal, se formos ver a qualidade nutricional dele, está bem mais parecido com um docinho do que com um bifinho. E vamos evitar dar para as crianças menores.
LEMBRE-SE: CRIANÇA NÃO NASCE SABENDO O GOSTO DE NADA, MUITO MENOS DE DANONINHO, ENTÃO NÃO SE PREOCUPE, ELE NÃO VAI SENTIR FALTA.
Segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008/2009) mais de 1/3 das crianças brasileira entre 5 e 9 anos estão acima do peso. O sobrepeso e a obesidade infantis são o reflexo da alimentação inadequada e do sedentarismo que fazem parte da rotina de várias famílias. O problema é que, junto com o excesso de peso, doenças como o diabetes tipo 2, a hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias (Colesterol e triglicerídeos altos) podem aparecer. A criança ou adolescente pode ainda sofrer com problemas psicológicos, dificuldade de socialização, bullying e até depressão. O tratamento envove a mudança de hábitos de toda a família para obter resultados positivos!